A enfermeira e a “Mulher dos Gatos”.
Havia uma enfermeira que morava numa rua sem saída. Vestida em um uniforme impecavelmente limpo, branco como seu sorriso largo, ela saía todos os dias de madrugada para trabalhar num grande hospital. Havia uma mulher que morava numa outra rua, que não era sem saída, mas bem próxima desta. Todos a conheciam como a “Mulher dos Gatos”. A “Mulher dos Gatos” perambulava pelas ruas, arqueada com o peso das sacolas que carregava em suas mãos. Às vezes ela caminhava apressada, noutras ia bem devagar. Olhava por todos os cantos como se procurasse por algo ou alguém. Falava sozinha e fazia ruídos. Uma mulher estranha. Assustadora para as crianças menores, pois havia todo um folclore sobre a vida desta mulher. O que ela fazia afinal? Quem era ela? Seria uma bruxa? A imaginação da criançada na rua sem saída e vizinhança fervilhava. Os menores tinham medo da “Mulher dos Gatos”, pois sempre que desobedeciam à suas mães elas diziam: - Se fizer isso de novo eu vou pedir pra “Mulher d